Lua Cheia dia 26/06 às 8h31 em Sampa





Por Patrícia Oliva



Lua e Plutão em Capricórnio se opõem a Sol e Mercúrio em Câncer, todos em quadratura com Urano e Jupiter em Áries.

O instinto de sobrevivência vive de experiências, do que deu certo ou errado no passado. Desenvolvemos hábitos, costumes e argumentos baseados nesses experimentos. 


Assim são criados os valores, as tradições, que se repetem de geração para geração, sem que a maioria de nós perceba. Mas existem os que olham para o futuro.

A curiosidade se alimenta do que ainda não é. Se o que ainda não é der certo, logo virá a ser. Assim se desenvolve a Ciência e se transformam os valores.

E a Lua nos pergunta: o que fazer quando os hábitos do passado nos levam para a extinção? ou, onde o instinto de sobrevivência se transforma em atitude consciente?

4° Trabalho - O Javali de Erimanto




O monte Erimanto fica na região da Arcádia, muito montanhosa e por isso mesmo pouco povoada. O símbolo do bucolismo, da vida simples e rude.

Dizem que os poucos moradores de lá derrubaram uma floresta sagrada para o plantio de alimentos. Enfurecida, Artemis - a deusa da Natureza Selvagem – mandou um javali de força imensa, para descer o monte Erimanto derrubando todas as plantações e o que encontrasse pela frente. Uma verdadeira avalanche!

Pois é esse monstro que Héracles deve trazer vivo a Micenas!

Bem perto do monte Erimanto fica a casa do centauro Folo, velho camarada do herói. Héracles tem ódio aos centauros, com duas exceções: Folo e Quiron; esse último imortal, um grande sábio, curador, professor de heróis, profundo conhecedor das ervas medicinais. Afinal, todo herói tem que se curar de ferimento ou doença!

A caminho do monte Erimanto, Heracles vai visitar o amigo. Lá também está o velho professor Quiron! Quanta alegria! Para celebrar aquele momento, Fólo resolve abrir um barril de vinho que o próprio Dionísio lhe tinha oferecido! O perfume do vinho, forte e maravilhoso, acaba atraindo a atenção dos outros centauros da região, que vão em bando para roubar o barril! Eles são a intemperança em pessoa, exigem explicações de Folo por ter aberto o vinho e não os ter convidado, provocam Heracles para lutar.

O herói os recebe a golpes de clava, mata o chefe do bando e uma tremenda batalha acontece. Depois de algumas perdas, os centauros disparam em fuga sob uma chuva de flechas. Uma delas atinge o amigo Folo, que tentava convencer seus parentes a parar de lutar! Quando Quiron vai socorrê-lo, fere o próprio joelho com o veneno da Hidra.

Fólo morre e Quiron, por ser imortal, fica para sempre o curador ferido! Muito triste e arrependido da própria intemperança, pois os centauros já estavam em fuga quando ele lançou as flechas, o herói enterra o amigo e segue rumo ao javali.

O monstro se esconde nos píncaros do monte Erimanto e há rastros de destruição por toda a encosta. Heracles constrói um mundéu na trilha da fera– um buraco imenso com tampa falsa, disfarçada de chão. Provoca o javali que cai na armadilha. Daí, foi só amarrar e dominar o monstro, que bufa e corcoveia mas compreende a inutilidade de resistir. E lá vão o herói e o monstro de volta a Micenas.

Lógico que Euristeu se pela de medo diante daquela cena: Héracles e o javali! E fica furioso com o sucesso do herói. Mais ainda com o povo fora do palácio exaltando a façanha do herói! Então, manda seus soldados soltarem o javali na praça do mercado! Foi um deus nos acuda, gente em cima do telhado, soldado ferido, morto, um horror!

Mais um trabalho cumprido!

Festa Jã da Mula Sem Cabeça



Somos um grupo independente, interessado em arte nas suas múltiplas linguagens, com vontade de
inventar um novo jeito de trabalhar, muito fora do padrão, onde valores intangíveis como prazer, alegria,
respeito, honra, confiança, palavra, honestidade têm alta cotação. Muito maior que contrato, nota fiscal,
CNPJ, essas coisas do tempo antigo.


Estamos montando um encontro de artistas das áreas de música, artes cênicas, plásticas, artes do
corpo, contação de história. A ideia é juntar jovens artistas, ainda no começo da carreira, e os que já
caminharam por essa estrada. Em música, já temos Paulo Freire, o violeiro, Bocato, Wandi, Maurício
Pereira e outros convidados- feras confirmados.


A Festa Jã da Mula Sem Cabeça começa na noite de sexta feira, 13 de agosto e termina no amanhecer
de domingo, dia 15. A data sugere o tema do cachorro louco, mula sem cabeça, saci, currupira e todos os
defensores das matas brasileiras.


O local é bem próximo de São Paulo, em Jundiaí, ao pé da Serra do Japi, uma reserva de preservação
permanente da natureza, particular, muito especial. É tão especial que não tem edificações, isso quer
dizer: camarim é um rancho, banheiro uma casinha, essas coisas da roça.


O desafio, fazer com que o encontro aconteça, venham muitas pessoas e o local fique limpo e
preservado. O valor por trás dessa empreitada é que arte e beleza natural são tão essenciais à vida como
o ar que respiramos.


Em tempos de discussão sobre o valor de uma música na internet, direitos autorais, e todos os problemas
que isso acarreta no setor, podemos, como pessoas físicas, incentivar nossos artistas a continuarem
sendo os guardiões da alma humana, abrindo espaço para apresentações que não dependem de
governo, leis e tal.


E temos o prazer de convidá-lo para mostrar sua arte nesse momento especial para nós.





Porque Jã? Nosso local em Sampa fica na rua João Alberto Moreira – JAM. Prefirimos tupiniquizar a geléia improvisada: Jã, portanto.

Lua Nova dia 12/06 às 8h14 em Sampa





Por Patrícia Oliva

A Lua encontra o Sol em Gêmeos, Urano e Júpiter conjuntos em Áries, Plutão em Capricórnio e Marte em Virgo, ambos em aspecto tenso com Mercúrio, também em Gêmeos. 

Muitas disputas estão rolando além da Copa do Mundo. 

A realidade concreta estremece nas bases podres das instituições e alerta o nosso senso de adaptação e sobrevivência. Salve-se quem puder! - é a mensagem subliminar que há tempos nos chega através da mídia, dos rumores, economia, política, ciência  e religião. Notícias catastróficas  alimentam o medo que, por sua vez, alimenta pensamentos sombrios. 

A sensação de perigo, crise, gera desconfiança, agressividade sem control, divide nações e pessoas. Abre caminho da truculência, terreno fértil para o autoritarismo e arbitrariedade. Armam-se defesas, críticas, um vespeiro nas palavras e ações. Colapso civilizatório. 

O ser coletivo começa a ser sussurrado entre nós.

O desafio é evitar discussões e irritação. A chave, manter-se atento à própria palavra e à do outro, ouvir para entender. Obter informação sem perder conhecimento.